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terça-feira, 28 de outubro de 2014

PARLAMENTARES VÃO AUMENTAR OS PRÓPRIOS SALÁRIOS... MAIS UMA VEZ

Nem 24 horas depois do resultado das eleições presidenciais, o Congresso já está debochando dos trabalhadores. Deputados e senadores vão começar a discutir o aumento de seus próprios salários. Atualmente, o salário dos congressistas é de R$ 26.700 por mês (contra os R$ 724 do salário mínimo). A grande polêmica é apenas sobre o valor.






A maioria defende que o salário dos parlamentares deve ser equiparado ao pleiteado pelos ministros do STF, que está ainda em tramitação na Câmara, no valor de R$ 35.900. Outros acham que não, que isso pode gerar desgaste. Atônio Carlos Biff (PT-MS), quarto secretário da Câmara, disse que acha justo o reajuste e que o que está em discussão é o valor. “O que fica mal é você ficar desde 2010 sem reajustar. Se reajustasse todo ano com a inflação, não tinha que fazer um acumulado. Isso é o que mata”, disse em entrevista à Folha de S. Paulo. O valor estabelecido poderá ser estendido ao Executivo – presidente da República, vice e ministros.
Os congressistas, como se não bastassem, não precisam arcar com despesas que são tão caras aos trabalhadores. Eles recebem auxílio-moradia (R$3.800) e verba para gastos com alimentação, viagens, gasolina e atividades parlamentares em geral (até R$ 44.200). Também recebem verbas para contratação de pessoal em seus gabinetes.
Do lado de cá, os trabalhadores sofrem com a inflação imobiliária, com salários que não chegam nem para pagar um aluguel. Os que ficam sem moradia, se ousam ocupar qualquer propriedade vazia e sem nenhum uso social, são despejados a força pela polícia. A alimentação está se tornando cada vez mais cara, e cortes de itens já são corriqueiros nas casas das famílias brasileiras. Lazer? Nem pensar!
O mínimo que os trabalhadores podem esperar é que a presidente reeleita Dilma Rousseff, com o poder que lhe é concedido, vete este aumento. O PSTU desafia deputados, senadores, juízes, presidente, vice e ministros a viverem com um salário mínimo também. Se é possível para a maior parcela da população, por que não para eles? Fica difícil entender por que tantos privilégios...
(Foto: Gustavo Lima/Câmara dos Deputados)

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